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Fabrício Ferreira

sábado, 20 de fevereiro de 2010

NEOLIBERALISMO. QUE FIQUE COM OS NEOLIBERAIS.


Adam Smith (foto ao lado), um dos pais do liberalismo, acreditava que o próprio mercado, “a mão invisivel”, se auto-regularia e o faria devolver a sociedade os lucros que ele tivesse se beneficiado. Ele ficaria descepcionado ao ver que os lucros do mercado viram capital meramente especulativo, sem trazer liquides aos setores produtivos e muito menos benefícios aos cidadãos.

O Chile foi o primeiro país do mundo a apostar no neoliberalismo com seus “Chicago Boys” que apareceram com uma politica economica neoliberal que não tardou a fazer agua. A inglaterra foi outro país a apostar no sistema neoliberal o chamado "thatcherismo". Margaret Thatcher conseguiu estabilizar a Libra Esterlina, dinamizar a economia, reduzir a carga tributaria. Mas o preço foi, dobrar as taxas de pobreza, o índice de pobreza das crianças britânicas, em 1997, era o pior da Europa. Ate hoje este problema persiste:

"Nosso objetivo histórico será tornar nossa geração a primeira a erradicar a pobreza infantil para sempre, e isso vai levar uma geração. É uma missão para 20 anos, mas acredito que possa ser cumprida. Tony Blair ex primeiro ministro britanico, ainda sofrendo os efeitos do “thatcherismo”.



Os EUA, e nem outro país evoluido que apregoa o neoliberalismo, mas, não o aplicam de fato o neoliberalismo em seu próprio país. Os
exemplos são muitos como:
  • "Community Reinvestment Act" (Lei do Reinvestimento Comunitário) que obriga os bancos a reaplicar localmente parte do dinheiro que captam na comunidade nos EUA ou o "Bolsa Família" americano o "Opportunity NYC";

  • - A Alemanha resistiu a todas as pressões para "internacionalizar" seus capitais; hoje 60% da poupança da população alemã está em caixas municipais, que financiam pequenas empresas, escolas e hospitais;

  • - A França criou um movimento chamado de "Operações Financeiras Éticas".
Por um lado os paises desenvolvidos querem que os paises subdesnvolvidos abram seus mercados para produtos industrializados e protege o seu mercado interno de materia prima e agricultura.
O mercado neoliberal fundamentalista foi sempre uma doutrina política a serviço de certos interesses. Nunca recebeu o apoio da teoria econômica. Nem, agora fica claro, recebeu o endosso da experiência histórica. Aprender essa lição pode ser a nesga de sol nas nuvens que hoje pairam sobre a economia global.” Joseph E. Stiglitz (foto abaixo) Prêmio Nobel de Ciências Económicas 2001

O estado mínimo não foi o que se viu durante o processo de salvamento dos bancos pelo mundo durante a crise de 2008, por outro lado foram justamente as medidas neoliberais que causaram tal crise em dimensões só vista em 1929 e igualmente por causa das medidas neoliberais.

No Brasil durante o governo de Getulio Vargas os neoliberais defendiam a tese de que, se o mercado não se interessar na industrialização ela simplesmente não deveria ser feita e que a vocação brasileira era única e exclusivamente agropecuária, ainda bem que não foram ouvidos.

Mas não precisamos ir longe, no governo do Fernando Henrique Cardoso a base governista não cansou de repetir o discurso neoliberal de privatizar todas as empresas estatais, nelas incluindo a Petrobras e o Banco do Brasil (personagem sine qua non para a defesa do mercado durante a turbulenta crise de 2008) e eles teriam conseguido se não fossem a intervenção da oposição.

O presidente Lula (foto abaixo), em discurso proferido dia 8 de fevereio de 2010 em Governador Valadares MG, abordou esse tema dizendo:

" Não acreditamos na idéia de Estado Minimo, na ideia de que o mercado resolve”. Bem ao estilo lulista, destacou “O mercado resolve o problema de quem tem prata no bolso. Mas não resolve o problema das pessoas pobres”.


O capitulo mais recente das relações contraditórias entre o incentivo ao neoliberalismo e o protecionismo do mercado americano foi à crise do algodão. Os subsídios norte-americanos correspondem a mais da metade do valor do produto, atitude esta criticadas por toda comunidade internacional e a atitude do Brasil de utilizar o principio de reciprocidade, amparado pela Organização Mundial de Comercio – OMC órgão máximo para tais questões, teve apoio e reconhecimento em todo mundo. Bem, quase todo mundo, nos EUA e na imprensa do “BraZil” foi duramente criticada, sendo que a imprensa americana pareceu ate tímida nas criticas se comparada com a imprensa dita “imparcial” brasileira.


Esta defesa do anti-neoliberalismo americano pela mesma imprensa que apoiou atitudes neoliberais que ate hoje causam problemas para a população brasileira, como a privatização parcial da Petrobras que obriga o Brasil criar a Petrosal e que também é duramente criticada pela mídia tupiniquim, são atitudes na melhor das hipóteses incoerentes.


Podemos traduzir esta defesa dos interesses norte-americanos pela imprensa brasileira de duas formas:

· Primeiro pelo simples fato de ser um ano eleitoral e o candidato apoiado por esta mesma mídia encaminha para uma derrota certa e a critica sobre qualquer comportamento do governo seja em atitudes ou em omissões é a estratégia para tentar reverter tal quadro.

· Segundo seria a vocação desta parcela da sociedade de sempre se preocupar em satisfazer todos os desejos dos EUA como uma bom funcionário a espera de uma promoção bem ao estilo de FHC. E isto me faz lembrar de uma musica do Raul Seixas e finalizo com ela:

http://www.youtube.com/watch?v=cO7HY_CUavI

2 comentários:

  1. A solução pro nosso povo eu vou dar!!!


    ESTUDA BRASIL!

    Muito bom cubo informativo e interessante!!!

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