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Fabrício Ferreira

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Complexo do Alemão

O filme de ação real que ocorreu e está ocorrendo no Rio de Janeiro nos deixam bestializados e orgulhosos, não se sabe por quê. Quando vemos esta “mega operação” (termo utilizada à exaustão pela mídia sensacionalista), nos sentimos protegidos e reconfortados em saber que a ordem foi restabelecida. Não nos damos conta de que algo que nunca houve não se pode ser restabelecida. De que o estado nunca esteve nesta comunidade, que o poder paralelo é apenas o reflexo disto e que não resolveremos problemas estruturais com “mega operações”. (Assim como o “War on Drugs” dos EUA ou México não deram certos)

Com a onda de atentados terrorista cometidos pelo trafico de drogas na cidade do Rio de Janeiro, nos trouxe a luz a um fato de que havia um pacto silencioso entre os traficantes e a classe media carioca. O trato era “fiquem no morro que nos ficamos no asfalto”. Se este pacto fosse respeitado à classe media compraria as drogas, em contrapartida os traficantes iriam assistir às novelas feitas no asfalto e até se serviriam do apelo consumista delas para conquistar novos “soldados”.

Quando os traficantes desceram o morro e desrespeitaram este pacto, houve uma pressão para que medidas drásticas fossem tomadas. A expectativa da classe media foi superada, logo a mídia brasileira que é porta voz desta classe media, também ficou feliz. Mas não se dão conta de que este pacto de auto-respeito dos traficantes com o asfalto carioca, balançado apenas por pequenos arrastões que passaram a fazer parte do cartão postal do Rio, foi o que gerou uma organização criminosa de tamanha envergadura como a do Complexo do Alemão.

A desarticulação desta organização precisou de uma ação de guerra para que o território, os corações e as mentes do complexo do alemão fossem tomados pelo poder publico (e o principal a tranqüilidade para os moradores do Leblon). Mas não nos deixemos enganar, esta situação só é o começo do problema. A reação não poderia ser diferente, mas não pode de maneira nenhuma ser comemorada, como fazem a imprensa tupiniquim. Esta “mega operação” é simplesmente o reconhecimento do estado de que ele falhou. O ponto positivo é que não se conserta nada se não assumir as falhas. Achar que 140 anos de abandono do poder publico é resolvido em uma “mega operação” é um pensamento na melhor das hipóteses inocente. O trabalho é grande e não é só de combate a crime e sim uma ação multidisciplinar que deverá ser tomada durante anos, até que o estado chegue, finalmente, no complexo do Alemão.

Deixar a segurança do Complexo do Alemão nas mãos dos militares é um tanto quanto temerária, para não dizer inconstitucional (O que esperar agora? Atos Institucionais?). Dar asas ao exercito brasileiro é o mesmo que dar estas mesmas asas a cobras. Voltemos a um passado bem próximo e veremos que os serviços prestados pelas forças armadas dentro das fronteiras brasileiras não são de se sentir saudades.

sábado, 14 de agosto de 2010

IMAGENS INÚTEIS E COMENTÁRIOS PRÁTICOS

Se cuidem chauvinistas! Seus dias estão contados.


Banalizar a violência. Você está fazendo isto extremamente certo

Casamento, causa de todo divorcio


Por que o importante é assumir os defeitos, para tentar solucionar os problemas.

Frustração é: Depois de anos de treinamento ser derrotados por um pipizinho

sábado, 24 de julho de 2010

UM ÍNDIO ANHANGÜERA


Depois da escolha do Índio como vice do Serra algumas coisas me chamaram a atenção, primeiro como não poderia deixar de ser é o seu nome, a segunda é um projeto de lei anti-mendigo feita por ele na época em que era vereador. Quanto ao nome não tenho muito que dizer, apesar de parecer mais com bandeirante do que com índio e poderia muito bem chamar Bartolomeu Bueno da Silva.


Quanto ao projeto no mínimo risível. A idéia do projeto de lei era multar as pessoas que dão esmola aos mendigos. Não que eu esteja fazendo qualquer julgamento moral quanto ao dar ou não esmola (E é bom registrar que este projeto de lei, obviamente, foi rejeitado por inconstitucionalidade). O que preocupa é a postura de um postulante ao cargo de vice-presidente de ante a um fator social que são os mendigos. Ao invés tornar isto uma responsabilidade publica e fazer projetos de lei que erradicassem a miséria na cidade prefere simplificar o problema transferindo a responsabilidade para quem da à esmola. A lógica direitista é estado mínimo para fugir das responsabilidades sociais, violência é problema de policia, falta de oportunidade de ascensão financeira ou de emprego é culpa de quem não consegui emprego.


Vamos perguntar aos mais interessados no assunto, o que eles acham disto:

Eles não param de comentar o assunto.


Deveria o Sr. Indio da Costa saber que os mendigos são subprodutos das políticas direitistas que estiveram em execução no Brasil por décadas, direita esta que o partido dele faz parte, de “crescer o bolo para depois dividir”. Também deveria ele saber que só com políticas publicas se combate a miséria e não criminalizando a pobreza.

Esta política de “jogar a sujeira para debaixo do tapete” é bem familiar tanto ao Índio quanto ao Serra e aos outros integrantes do PSDB e do DEM. Podemos lembrar do caso do Mendigo Manoel Menezes da Silva que foi internado a força no Pinel por morar numa praça da Vila Nova Conceição, bairro com o metro quadrado mais caro da cidade ou da operações cata bagulho que, na pratica, jogam fora os pertencesses dos mendigos entre outros que citei abaixo:


Rampa “anti-mendigo” fotos

Canteiro anti-banho Praça da Sé

Casinha de Cachorro pra gente


O Jose Serra disse que pretende dar prosseguimento nos avanços sociais dos últimos oito anos, mas, como posso confiar em uma pessoa com este currículo e com este vice. O que posso dizer é que Serra perdeu seu “vice natural” na crise do distrito federal (O ex-governador Arruda) e escolheu muito mal o vice improvisado. Este tal Índio um jovem com pensamento atrasado ate mesmo para um idoso. O PSDB deve estar com sentimentos bucólicos em relação ao Marcos Marciel. E eu nem falei sobre a simpatia que o Índio tem a pena de morte e o retorno da monarquia.




MC Dodô – Fala que é nos:


domingo, 6 de junho de 2010

A megalomania do 4º poder

O jornalismo brasileiro sofre uma crise desde a primeira vitoria do Lula em 2002. Em um momento de crise é aconselhável que se faça uma analise profunda dos motivos e alterar atitudes que os levou a ela. Porem, a imprensa nacional não assimilou o recado que veio das urnas. Sempre preocupadas com a vendagem de seus exemplares e índices de audiência, mas não avaliou o impacto desta informação no publico alvo. A força tarefa montada para eleger Serra como presidente, ao contrario das ultimas vezes com o Collor e FHC, não deu certo. Mas parece que mesmo assim o recado de que a comunicação tem que dar atenção nos anceios populares e que não se consegue inventar um mundo de faz de conta.

Desde 89 crio-se um mito do poder infinito da elite midiática brasileira, que colocou e tirou o Collor elegeu duas vezes o FHC. Só que com o caso Serra este mito foi quebrado. A mídia nacional não entendeu que apesar de poderosa ela não é onipotente. Ela pode acalmar ou inflamar ânimos diante de uma crise no país, porem, ela não as cria ou elimina. Com o Serra ela achou que tinha poder para fazer com que a população acreditasse que o FHC tinha feito um trabalho magnífico e que o Brasil não estava em crise e o resultado foi à derrota do seu candidato.

Não satisfeita com isto preferiu aprofundar na tentativa de criar crises e apagar incêndios. Todas as coisas positivas do governo ou são colocadas como negativa, é minimizada ou dizem que tudo é reflexo da gestão anterior. E toda coisa negativa era e é elevada a 20 potencia. O inverso ocorre quando algum escândalos protagonizados por candidatos apoiados por ela é abafado e as boas administrações estaduais e municipais são levadas a status de presidência como se a estabilidade econômica fosse reflexo da gestão destes governadores e prefeitos (ex: Aécio, Serra, Kassab, etc...), o que ainda está dando certo. A segunda derrota se deu durante a crise do “mensalão”, que apesar desta mesma mídia tentar estender a crise ate muito depois e anunciarem a morte política do Lula e do PT os resultados positivos no campo econômico e social arrefeceram o animo popular e a crise durou muito menos que ela imaginava.

O bom resultado do Brasil perante a classe pobre, que corresponde à maioria da população brasileira (para a elite a democracia só é boa quando os favorece), acabou por frear o poderio midiático brasileiro. E ainda criou uma grande descrença nas informações passadas pela mídia. A popularidade do governo cresce mesmo diante de uma propaganda maciça contra o governo e vale lembrar que em muitas vezes desrespeitosa. Um nordestino, operário no governo no lugar em que a elite udnista tinha como lugar de Advogados e Militares oriundos do sudeste.

Preparem pipoca e guaraná para boas risadas:

Diogo Mainardi


Regina Duarte


Miriam Leitão


Arnaldo Jabor


"Em nenhuma democracia séria do mundo jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político — o PiG, Partido da Imprensa Golpista" Paulo Henrique Amorim

sábado, 20 de fevereiro de 2010

NEOLIBERALISMO. QUE FIQUE COM OS NEOLIBERAIS.


Adam Smith (foto ao lado), um dos pais do liberalismo, acreditava que o próprio mercado, “a mão invisivel”, se auto-regularia e o faria devolver a sociedade os lucros que ele tivesse se beneficiado. Ele ficaria descepcionado ao ver que os lucros do mercado viram capital meramente especulativo, sem trazer liquides aos setores produtivos e muito menos benefícios aos cidadãos.

O Chile foi o primeiro país do mundo a apostar no neoliberalismo com seus “Chicago Boys” que apareceram com uma politica economica neoliberal que não tardou a fazer agua. A inglaterra foi outro país a apostar no sistema neoliberal o chamado "thatcherismo". Margaret Thatcher conseguiu estabilizar a Libra Esterlina, dinamizar a economia, reduzir a carga tributaria. Mas o preço foi, dobrar as taxas de pobreza, o índice de pobreza das crianças britânicas, em 1997, era o pior da Europa. Ate hoje este problema persiste:

"Nosso objetivo histórico será tornar nossa geração a primeira a erradicar a pobreza infantil para sempre, e isso vai levar uma geração. É uma missão para 20 anos, mas acredito que possa ser cumprida. Tony Blair ex primeiro ministro britanico, ainda sofrendo os efeitos do “thatcherismo”.



Os EUA, e nem outro país evoluido que apregoa o neoliberalismo, mas, não o aplicam de fato o neoliberalismo em seu próprio país. Os
exemplos são muitos como:
  • "Community Reinvestment Act" (Lei do Reinvestimento Comunitário) que obriga os bancos a reaplicar localmente parte do dinheiro que captam na comunidade nos EUA ou o "Bolsa Família" americano o "Opportunity NYC";

  • - A Alemanha resistiu a todas as pressões para "internacionalizar" seus capitais; hoje 60% da poupança da população alemã está em caixas municipais, que financiam pequenas empresas, escolas e hospitais;

  • - A França criou um movimento chamado de "Operações Financeiras Éticas".
Por um lado os paises desenvolvidos querem que os paises subdesnvolvidos abram seus mercados para produtos industrializados e protege o seu mercado interno de materia prima e agricultura.
O mercado neoliberal fundamentalista foi sempre uma doutrina política a serviço de certos interesses. Nunca recebeu o apoio da teoria econômica. Nem, agora fica claro, recebeu o endosso da experiência histórica. Aprender essa lição pode ser a nesga de sol nas nuvens que hoje pairam sobre a economia global.” Joseph E. Stiglitz (foto abaixo) Prêmio Nobel de Ciências Económicas 2001

O estado mínimo não foi o que se viu durante o processo de salvamento dos bancos pelo mundo durante a crise de 2008, por outro lado foram justamente as medidas neoliberais que causaram tal crise em dimensões só vista em 1929 e igualmente por causa das medidas neoliberais.

No Brasil durante o governo de Getulio Vargas os neoliberais defendiam a tese de que, se o mercado não se interessar na industrialização ela simplesmente não deveria ser feita e que a vocação brasileira era única e exclusivamente agropecuária, ainda bem que não foram ouvidos.

Mas não precisamos ir longe, no governo do Fernando Henrique Cardoso a base governista não cansou de repetir o discurso neoliberal de privatizar todas as empresas estatais, nelas incluindo a Petrobras e o Banco do Brasil (personagem sine qua non para a defesa do mercado durante a turbulenta crise de 2008) e eles teriam conseguido se não fossem a intervenção da oposição.

O presidente Lula (foto abaixo), em discurso proferido dia 8 de fevereio de 2010 em Governador Valadares MG, abordou esse tema dizendo:

" Não acreditamos na idéia de Estado Minimo, na ideia de que o mercado resolve”. Bem ao estilo lulista, destacou “O mercado resolve o problema de quem tem prata no bolso. Mas não resolve o problema das pessoas pobres”.


O capitulo mais recente das relações contraditórias entre o incentivo ao neoliberalismo e o protecionismo do mercado americano foi à crise do algodão. Os subsídios norte-americanos correspondem a mais da metade do valor do produto, atitude esta criticadas por toda comunidade internacional e a atitude do Brasil de utilizar o principio de reciprocidade, amparado pela Organização Mundial de Comercio – OMC órgão máximo para tais questões, teve apoio e reconhecimento em todo mundo. Bem, quase todo mundo, nos EUA e na imprensa do “BraZil” foi duramente criticada, sendo que a imprensa americana pareceu ate tímida nas criticas se comparada com a imprensa dita “imparcial” brasileira.


Esta defesa do anti-neoliberalismo americano pela mesma imprensa que apoiou atitudes neoliberais que ate hoje causam problemas para a população brasileira, como a privatização parcial da Petrobras que obriga o Brasil criar a Petrosal e que também é duramente criticada pela mídia tupiniquim, são atitudes na melhor das hipóteses incoerentes.


Podemos traduzir esta defesa dos interesses norte-americanos pela imprensa brasileira de duas formas:

· Primeiro pelo simples fato de ser um ano eleitoral e o candidato apoiado por esta mesma mídia encaminha para uma derrota certa e a critica sobre qualquer comportamento do governo seja em atitudes ou em omissões é a estratégia para tentar reverter tal quadro.

· Segundo seria a vocação desta parcela da sociedade de sempre se preocupar em satisfazer todos os desejos dos EUA como uma bom funcionário a espera de uma promoção bem ao estilo de FHC. E isto me faz lembrar de uma musica do Raul Seixas e finalizo com ela:

http://www.youtube.com/watch?v=cO7HY_CUavI

sábado, 17 de outubro de 2009

OS PROBLEMAS DO DEUS DE EINSTEIN

"Acredito no Deus de Espinosa, revelado na harmonia de tudo o que existe, mas não em um Deus que se preocupa com o destino e as ações dos homens"

Albert Einstein (Telegrama para um jornal judaico datado de 1929.)

Quando se pensa em um deus impessoal, um deus que não é interferente, no deus que é a força geradora do universo que comanda as leis da física como o deus de Einstein é. Que de certa forma é ate mais plausível do que o Deus abraâmico e similares. Temos que levar em conta os problemas que ele gera.

Quem Criou o Criador?

O primeiro e maior problema que surge quando essa oxima é levada realmente a serio é: Se foi ele quem criou tudo. Quem o criou? E essa bola de neve cresce a cada justificativa. Apesar de esse assunto não ter sido abordado diretamente por Einstein, mas indiretamente ele fala quando propõe um deus que não lança dados ou quando fala do flautista invisível.

Se o universo surgiu de um ponto ele só poderia ter sido criado ao acaso, pois se algo o criou tem de haver algo que cria esse algo e assim por diante. Esse paradoxo torna o deus criador inviável.

Qual a utilidade deste Deus?

"Tudo é determinado... por forças além de nosso controle. Isto é verdade para um inseto ou uma estrela. Seres humanos, vegetais, grãos de poeira todos dançam segundo uma melodia misteriosa, entoada à distância por um flautista invisível".

Albert Einstein era sobre tudo um deísta e não um teísta (as religiões abraâmicas: cristianismo, islamismo e judaísmo, por exemplo). O deus de Einstein é diferente do deus do deserto pelo fatode o Deus de Einstein não atender a preces ou bajulações, não estar interessado em pecados ou confissões, não ler nossos pensamentos e não intervir com milagres ou punições.

Uma vez que ele seria um simples criador das leis e um maestro que mantém sua melodia constante e nada faz ou quer fazer para modificá-la. Se essa força realmente existe o ultimo nome que se pode dar a ela é deus. Para Espinosa deus não é sobrenatural é sim apenas um sinônimo para natureza.

Onde fica a divindade desse Deus?

Um deus é um ser sobrenatural, e a definição de um deus deista não é nada sobrenatural esse deus é muito pelo contrario é como acusaram Espinosa um deus ateu. Qual o papel deste deus no universo?

Deus se tornou apenas um nome que se dá a alguma coisa inominável? Uma justificativa fácil para perguntas difíceis. Como: De onde vimos e para onde iremos?

"Pra cada problema complexo, há uma solução que é simples, elegante e errada." H. L. Mencken

Lembremos que as religiões não surgiram como grandes organizações sócio-políticas de uma hora para outra. Elas se formaram como religiões pessoais que foram se disseminando. Agora a pergunta que fica é: Voltarmos à pré-história da religião é uma forma superior de se ter uma religião?

A idéia de um Deus impessoal e não interferente é ainda uma hipótese bastante simpática aos olhos científicos, porem a deus necessita ser interferente e pessoal para se fazer sentido a utilização do termo deus. E o que temiam os que excomungaram Espinosa era justamente a aproximação deste deus da ausência de deus. Nesse contexto deus só seria m nome similar ao acaso ou leis da natureza.

domingo, 11 de outubro de 2009

OS PÓS-MODERNOS

Por: Fabrício Ferreira

O raciocínio dos pós-modernos está ligado de forma inseparável do ecletismo filosófico. Isso

está evidente na entropia do “tudo vale” todos os discursos são válidos, esse raciocínio acaba tornando iguais discursos realmente válidos e discursos fantasiosos. Na mente dos pós-modernos fantasia e realidade são iguais, ou apenas um ponto de vista. Não há ruptura e a criatividade é colocada de lado, “tudo já foi dito ou está errado” a moda agora é ser retró.

Os pós-modernos sabem que a ciência não tem as respostas finais, mas por outro lado as religiões convencionais já faliram, apesar de muitos ainda fazerem parte delas (as religiões formais se tornaram ritos sociais). A solução é criar sua própria religião, abandoar conscientemente a racionalidade e ser o místico da religião de um homem só.

Para os pós-modernos a ausência de resposta, seja na ciência ou seja na religião, o transporta para um estado de depressão só superado por essas mitologias individuais. A

ausência de uma resposta plena, não são para eles um sinal de que não existe tais respostas, e sim que que em um estado de introspecção ele encontrará a tal resposta. (O que será melhor, uma mentira contada por um pastor ou uma contada por você mesmo?)

Já vimos esse fenômeno pelo menos uma vez no decorrer da história, como no movimento do romantismo. Mas Gellner aponta uma diferença: "Mas os românticos escreveram poesia. Os pós-modernos também se entregam ao subjectivismo, mas o seu repúdio por disciplina formal, a sua expressão de profunda turbulência interna, é expressa em prosa académica, destinada à publicação em distintos jornais, um meio de assegurar a promoção ao impressionar os comités apropriados. "Sturm und Drang und Cargo" pode muito bem ser o seu slogan.". Gellner em "Pós-modernismo, razão e religião", de 1992.

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